O
Principado de Sealand é um
país independente
de facto[1], que se encontra em antigas águas territoriais
britânicas, sendo também o menor país do mundo
[2]. Atualmente, Sealand se encontra em águas internacionais devido à mudança que o Reino Unido fez sobre seus limites territoriais. Isso fez de Sealand uma pequena nação independente, embora a sua soberania não seja devidamente reconhecida por nenhum país.
O território do país resume-se a uma grande base naval construída pelo Reino Unido durante a
Segunda Guerra Mundial a 10 km da costa de
Felixstowe e a 11 km da costa de
Harwich,
Essex, (Sudeste da
Inglaterra). O acesso à ilha apenas é possível por
helicóptero ou
barco. Outrora chamada de
Rough Towers, a base era uma defesa marítima contra ataques
alemães, consistindo em duas grandes torres com capacidade para 200 soldados. Foi desactivada assim que a guerra acabou.
O governo britânico já ponderou retomar Sealand mais de uma vez. A maioria dos governos e pessoas considera Sealand apenas uma
micronação - um estado ficitício não-reconhecido, no entanto ele não é "invadido" pelo Reino Unido por ser considerado propriedade privada de uma família britânica e por possíveis danos à imagem pública do estado britânico.
História
PrecedenteEm
1966, Roy Bates, dono de um pequeno barco frigorífico e tido como uma pessoa excêntrica, mudou-se com sua família para a base militar
Knock John e a usava para transmitir a programação de sua rádio pirata. Ele estava protegido legalmente pelo fato de a construção não estar dentro das águas territoriais britânicas. Mais tarde, o governo estendeu os limites do país e a base
Knock John acabou fazendo parte dos limites do território britânico. A família Bates recebeu ordem de se retirar, mas pouco tempo depois mudou-se para outra base mais distante da costa, denominada
Rough Towers.
Um ano depois, a Marinha de guerra britânica tentou expulsá-lo do local, mas sem êxito. Um juiz deliberou que Sealand está além do limite de três milhas das águas territoriais do Reino Unido, escapando ao controle do governo londrino.
Sete anos mais tarde, Roy, que seria o príncipe de Sealand, introduziu no seu país uma
constituição, criou uma
bandeira e um
hino nacional e decidiu cunhar
dólares de
ouro e
prata.
[3] Por fim, começou a conceder passaportes àqueles que demonstraram ter apoiado os interesses de Sealand.
InvasãoEm 1978, aproveitando a ausência do chefe de estado Roy Bates, um empresário alemão autoproclamado primeiro-ministro de Sealand encenou uma invasão ao estado, dominando-a rapidamente e mantendo as pessoas que ali estavam de reféns, dentre elas o herdeiro Michael. No entanto, ao saber da situação, Roy conseguiu recuperar a ilha, resgatando os reféns e expulsando os invasores. Este foi o acontecimento local mais próximo de uma guerra, sobre o qual não se tem muitas informações - nem o próprio site governamental é muito explícito a respeito.
FogoEm junho de 2006 houve um terrível
incêndio em Sealand. A ilha sofreu um devastador incêndio que destruiu muito da administração do país, além do centro de energia. Felizmente, os
geradores/sistemas de emergência existentes permitiram o andamento contínuo das actividades, inclusive o governo promoveu vendas de bonés e semelhantes visando a arrecadar fundos para recuperar os estragos, e hoje a plataforma está recuperada.
Sealand à venda Sealand.
No começo de janeiro de
2007, o príncipe
Michael de Sealand decidiu pôr a ilha artificial à venda. Considerado o menor país do mundo, Sealand emite os seus próprios
passaportes e
selos de
correio, títulos de nobreza, tem
moeda própria e, inclusive, uma seleção nacional de
futebol, entre outras características de um
Estado independente. Porém os seus habitantes moram em barracões de aço e convivem o tempo todo com o barulho de vários geradores.
[4]Pela plataforma, à qual só é possível chegar de helicóptero ou barco, os proprietários pedem 1 milhão de libras (R$ 3,42 milhões) e detalham as qualidades do local: vista infinita do mar, tranqüilidade absoluta garantida, nada de impostos.
Atualmente, é Michael - filho do príncipe Roy - que está à frente dos destinos desta ilha. Com 54 anos, substituiu o seu pai em
1999 devido a problemas de saúde daquele, mas não mostra grande apego ao seu reino e agora tenciona vendê-lo. "Temos sido os proprietários durante 40 anos, e meu pai tem já 85. Faz falta a descoberta de um processo de rejuvenescimento". Afirmou o herdeiro Michael a um jornal inglês, o "príncipe" que demonstra desinteresse na ilha e vive a maior parte do tempo em terra firme. Sobre o preço que pede, ele assinalou: "Falou-se em valores astronômicos, porém veremos o que nos oferecem. O céu é o limite".
Outras informaçõesEm
2007 o site
The Pirate Bay anunciou o interesse em comprar Sealand, para lá hospedar os seus servidores, que formam "o maior
tracker de
BitTorrents do mundo" (segundo os próprios).
[5] Os fundadores do
Partido Pirata estão interessados em ter um pouco de paz e sossego, e hospedarem seus serviços longe de ações judiciais, como as tentativas feitas pela RIAA (indústria fonográfica estadunidense) e outros.